Residência dos Afortunados

2021/01/26

Oyassama ensinou:

“Basta não pensarem em comer coisas boas, vestir-se bem e morar numa casa boa, e será uma Residência em que nada faltará. Esta é a Residência dos afortunados do mundo.”

Imagine um homem inconsciente, que acorda num lugar onde todos os seus desejos são realizados e que só ele consegue descrever como paraíso. Tudo o que quer se materializa à sua frente. O dinheiro é uma das coisas mais fáceis de ter e pode conseguir o quanto quiser.

No entanto, um mês depois, seu sentimento inicial de deleite intenso se esgota e já não se sente tão feliz como antes. Um ano depois, quando não consegue mais pensar no que quer, não importa o que faça, ele sente um vazio por dentro.

Ele pergunta a um transeunte: “Que mundo é este?” que responde: “Você está no mundo do sofrimento. Quer dizer que você não sabia?”.

O brilho das pedras preciosas acaba se tornando apenas pedras quando ele as agarra. Quanto mais coisas ele acumula, mais pedras ele terá.

A felicidade não é medida por dinheiro ou quantidade de bens. De fato, quanto mais possuímos, menos somos capazes de apreciar o que temos.

Nossa felicidade é diretamente proporcional à nossa gratidão. O que importa é o quanto nos alegramos com a maneira como as coisas são agora. Quando nossa gratidão desaparece, o espírito fica deprimido.

Em uma época cheia de insatisfação, transgressão, desonestidade, ciúme e conflito por dinheiro ou bens materiais, diz-se que quanto mais rico é um país, maior o número de pessoas que sofrem de depressão ou que se suicidam.

Oyassama viveu na pobreza por um longo tempo e, muitas vezes, não havia sequer arroz para cozinhar. No entanto, permanecia alegre e animada. Por meio de sua vida-modelo, mostrou como viver na “Residência dos afortunados”. Sua mensagem parece especialmente aplicável nos dias atuais.

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