Compreender o Sentimento dos Outros

Nas fábulas de Esopo, há uma história assim: Um dia, um pastor pegou um porco, que esperneava e lutava para se libertar. Com isso, uma ovelha disse ao porquinho: “Você não precisa gritar. Ele nos pega e não fazemos nenhum barulho.” O porco replicou: “Questão de detalhe. Quando ele corre atrás de você, é porque quer sua lã ou seu leite, mas de mim ele quer a carne.”

Costumamos dizer às pessoas que enfrentam um problema: “Eu sei como você se sente”. No entanto, o quanto sabemos realmente? Essa atitude de “eu sei como você se sente” pode não ser apenas inútil, como também irritante.

As pessoas em posições de destaque não conseguem imaginar como se sentem as pessoas magoadas com atitudes arrogantes. As pessoas ricas não conseguem experimentar a luta e a dor de viver na penúria. Se um homem rico diz a um homem pobre: “Se o seu problema é falta de dinheiro, tente não reclamar”, é provável que ele simplesmente responda: “Quem é você para dizer isso.”

É como derramar cerveja no copo invertido de alguém, e dizer: “Beba, é realmente bom.” Obviamente, nenhuma cerveja entrará no copo. Quanto mais alguém tenta derramar, mais cerveja será derramada, resultando em uma confusão ainda maior.

Oyassama caiu completamente na pobreza, de acordo com a intenção divina:
“Se não cair completamente na pobreza, não compreenderá o que sentem aqueles que sofrem.”

As pessoas tinham uma profunda e indescritível adoração pela Oyassama, porque sentiam que Ela sabia exatamente como é o sofrimento delas.

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